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Archive for março \26\+00:00 2010

Escolha.

Hoje é sexta-feira e há uma certa pressão social mundial para que todos estejam felizes e animados por isso, não? Não! Existem lugares e pessoas que encaram a sexta-feira apenas como mais um dia da semana. Isso é pessimismo? Não! É apenas encarar cada dia como um dia. Por que só sexta-feira? Por que não quarta ou quinta? Tem que ser sexta? O que há de errado em esperar cada minuto ou simplesmente optar por não esperar? Sinceramente acho que não há mal nenhum, apesar de admitir que acabe julgando como “pessimistas” as pessoas que não “esperam”. Mas o post de hoje é sobre “esperar”? Não, é sobre “escolha”, sobre decidir se quer ou não esperar por algo ou alguém, é decidir sobre qualquer coisa, sobre o que vai fazer ou deixar de fazer ou, ainda, como vai fazer.

Ao longo da semana alguns assuntos ficaram martelando a minha mente e em todos houveram escolhas a serem feitas. Observe-os resumidos nos quatro que considerei mais importantes (neste momento):

Fato 1: Uma pesquisa inglesa constatou que, atualmente, as mulheres tem em média três vezes mais parceiros sexuais que suas avós (http://tinyurl.com/ydfj245), eis que tal notícia repercutiu em inúmeros comentários de homens “liberais” que acreditam na “vulgaridade” de uma mulher que já tivera inúmeros parceiros ao longo de sua vida. Agora eu pergunto: Qual o problema? Não é uma escolha que cada pessoa o que faz ou deixa de fazer com seu corpo? Por falar em corpo, vamos ao próximo fato.

Fato 2: As pessoas têm problemas com obesidade e não falo só a sua, mas a obesidade alheia também. Já repararam como todo mundo repara e critica um gordinho, por suas roupas, por seu jeito, por tudo? Já repararam como normalmente os gordinhos são pessoas engraçadas e divertidas? E como normalmente essas pessoas têm um rosto lindo, dignos do clichê comentário “se fosse mais magro”? E se essa pessoa não quiser ser mais magra? E se ela for feliz assim? Desde quando obesidade e sinônimo de infelicidade? E se é, por que tem que ser assim? Por que eu ou qualquer um de nós quer? Eu sou gordinha, admito que preferia ser bem mais magra e tenho alguns probleminhas com auto-estima que não envolvem somente meu “extra-peso”, mas outros fatores que não cabem comentar no momento. Agora, já vi inúmeros documentários, entrevistas, reportagens, livros, etc, sobre pessoas gordinhas absurdamente felizes consigo e achei isso brilhante.

Fato 3: Encontrei com uma amiga minha para conversarmos sobre o mundo e acabamos chegando no assunto: suicídio. É, pois é, muito trágico e polêmico, mas já repararam como viver ou morrer é uma escolha da pessoa e não nossa? Se uma pessoa não aceita mais a vida que leva e acha que será melhor assim, quem sou eu pra tentar impedir e por que impedir? (ok, momento pedras atiradas contra mim) Mas é verdade, se alguém não suporta sua vida e anuncia para o mundo parece querer atenção e, assim, encontrar alguém para conversar, mas quem se mata em segredo quer apenas morrer. Será realmente isso? E quanto à eutanásia? E as pessoas em coma permanente? Será que alguém tem o direito de decidir por outra pessoa se ela vai viver ou morrer?

Fato 4: Existem pequenas escolhas na vida que podem mudar tudo. Isso pode ser chamado de “Efeito Borboleta”.

Hoje é sexta-feira e escolhi ficar feliz por isso.

Proposta do dia: Exercitar o livre arbítrio e a aceitação dele.

P.S.: Esse post não precisa de um fim, escolhi assim.

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Um Mississipi de cada vez.

Há mais de uma semana não posto nada aqui e acredito que isso se deva simplesmente por não saber como organizar as inúmeras idéias que surgiam em minha mente ao mesmo tempo. Mas hoje definitivamente era hora de deixar esse “silêncio” provocado pela desordem geral de pensamentos um pouco mais centrado e me lançar um pequeno grande desafio: descobrir o que eu realmente fiz de importante na minha vida?!

Um Mississipi: Hoje assisti ao filme que levou Sandra Bullock a ganhar o Oscar de melhor atriz e realmente a sua interpretação estava impecável. Agora o filme não vale a pena ser assistido somente pelo brilhante trabalho da atriz, mas por todo seu enredo envolvente, encantador e motivador. Não, não é um filme “auto-ajuda” é apenas uma história que apresenta os dois lados da moeda, os dois caminhos a serem seguidos, as duas sortes que se pode ter na vida, as duas maneiras de ver o mundo e a absoluta certeza de suas próprias escolhas. Ok, talvez esse não seja o sentido real pretendido pelo roteirista do filme ao relatar uma história tão encantadora baseada em fatos reais, entretanto foi a minha interpretação pessoal. Fiquem a vontade para discordar.

Dois Mississipi: Um garoto que tinha tudo pra dar errado, tem seu caminho cruzado por uma mulher que o adota como filho, ou melhor uma família inteira que o adota como tal e transforma totalmente a vida daquele “excluído socialmente” (já disse o quanto detesto o termo “excluído socialmente”?) de forma que ele passa a fazer parte de um todo. Então, por um momento pensei na história da Preciosa, uma menina que teve o azar como seu anjo da guarda, levando-a à uma vida em que nada é certo, em que nada dá certo, e mesmo assim ela conseguiu sobreviver. É mais ou menos o que acontece com Michael Oher (o “precioso” como acabei apelidando-o), ele poderia ter dado errado e ter afundado na própria história, toda via escolheu seguir – sozinho – um caminho que ele nem ao menos sabia onde daria, dando uma virada ao encontrar com a família Touhy que lhe dá mais que uma casa, ele passa a ter uma família e toda uma vida. Então, o que parecia um sonho irreal para aquele rapaz e se tornou algo mais que real e possível. Levando a crer que qualquer sonho é pode acontecer, que qualquer reviravolta é viável e mais, que qualquer escolha é aceitável e leva a um final que não seria necessariamente exato, mas modificável a cada atitude, sendo iluminado a cada pequena e/ou grande vitória. O que mais aprendi com esse filme definitivamente foi sobre escolhas, tanto a fazê-las quanto respeitar as escolhas dos outros e apoiá-los por isso, principalmente se forem pessoas significantes.

Três Mississipi: Quando falo de pessoas significantes, não quero dizer que há pessoas insignificantes, apenas que existem aquelas que significam mais que outras em nossas vidas, é aquela história da tal empatia, entende? Cada pessoa tem uma significância especial e particular e cabe aos que estão ao seu redor notá-las, afinal ninguém é obrigado a andar com uma placa informando todos os seus defeitos e qualidades como se fosse um produto a venda para ser amado e apreciado. Cada pessoa deve ser conquistada e aceita pelo que é, simplesmente por isso. Ou pelo menos deveria ser assim. Eu deveria ser assim e admito meu lado “errado”, porem humano, de ser, afinal eu julgo, menosprezo e sou bem cruel quando quero. Fiquem a vontade para me jogarem pedras, eu tenho defeitos e pecados (alguns acho que até bem graves) e não é que eu me orgulhe de tê-los, mas eles simplesmente fazem parte de mim e me tornam humana. Estou pronta para a chuva de pedras, então podem começar o bombardeio.

Quatro Mississipi: Qual foi a coisa mais importante que fizeste no dia? Parabéns por ela. Toda grande/pequena/louvável atitude deve ser parabenizada, não sei porque não fazemos esse tipo de “comemoração” diariamente e porque não damos valor a essa pequenas vitórias. Alguém sabe? O meu grande feito do dia foi ter dado um beijo e um abraço gratuitos em meu pai. Não, não tenho nenhum rancor, ele é um ótimo pai que sempre esteve presente e fez/faz de tudo pra me agradar, eu que sou fria e estúpida mesmo (mais chuvas de pedras, eu deixo). Não fui sempre assim, nunca fui um poço de sentimentalismo, mas também não costumava ser tão introspectiva com relação a sentimentos, acho que isso foi uma evolução nos meus vinte e um anos de vida. Eu cresci e fiquei assim, fria e só. Uma vez brincaram, não lembro o momento onde e nem quem soltou essa pérola, mas disseram as seguintes palavras: “tu ainda vais morrer triste e só”, desde então esse se tornou meu maior medo. O medo de que seja verdade, de que seja a minha verdade, quase que como uma premonição, entende? Não é que eu seja pessimista ou coisa assim, é apenas um relato real. Desde então me esforço todo dia pra ser feliz e acredito estar conseguindo, posso até morrer só, mas não morrerei triste (espero). Voltando ao carinho dedicado ao meu amado pai, senti-me criança novamente e dessa forma um tanto insegura por pensar que sem aquele abraço eu não sou nada, ou pelo menos não sou ao menos uma metade e me perguntei o porquê de passar tanto tempo sem fazê-lo e, adivinhem? Não cheguei à conclusão nenhuma, o que me levou a crer que minha pequenas vitórias diárias fazem parte quase que unicamente de algo que eu já imaginava: meu egoísmo. Então, se a coisa mais importante do seu dia envolve unicamente a sua pessoa, ainda é tempo de fazer uma nova coisa que envolva alguém que ame, vamos, o dia ainda não acabou.

Cinco Mississipi: Ainda estou pensando o que eu realmente fiz de importante e que mudasse o mundo, que marcasse de fato algo ou alguém. E lembrei da história da pequena Nujood que deixou seu nome na história ao atravessar uma cidade, uma cultura, um mundo de preconceitos e aos dez anos de idade, com toda a coragem e força acumulados em seus dez anos de vida, parou diante de um juiz e solicitou a celebração de seu divórcio. Uma pequena mulçumana, que revolucionou a história do mundo e nos mostrou uma justiça que lutou pelo direito a infância digna de uma menina que denunciou não aguentar mais.

Seis Mississipi: Durante essa semana, li um texto sobre a existência do amor e, diante de alguns acontecimentos, cheguei a conclusão de reafirmar o que disse anteriormente em um post de Ano Novo, de que acredito no amor como um sentimento existente de várias formas e tamanhos e não unicamente como um sentimento ligado ao sofrimento, dedicação e abdicação total. Ele está ligado a tudo, entretanto é mais comum ser ligado a dor, ao aperto no peito, borboletas no estômago, aceleração das batidas do coração e calor “eterno” e dominante de corpo e alma. Agora deixemos de lado por um instante e extremismo do grande amor e nos dediquemos a pensar nos pequenos amores, que tal? Eu pensei nos meus pequenos amores e percebi que vivi toda minha curta vida somente de pequenos amores e soube/sei (pelo menos eu acho) aproveitá-los ao máximo e isso é bom, não ótimo, mas bom. Afinal, é como se faltasse alguma coisa, é como se eu vivesse uma história incompleta. Todo mundo vive o grande amor, uma ou várias vezes, eu ainda não vivi nenhuma e isso me deixa de presente uma lacuna imensa na minha memória sentimental. Por favor, não sintam pena de mim, eu detesto que sintam pena de mim, até porque não existe um porquê para isso, ok?

Sete Mississipi: Não confio em pessoas “extremas”, vocês confiam? Eu sempre afirmei isso a mim mesma e a todos que me perguntam. Depois de olhar ao meu redor percebi que as pessoas que mais confio são extremamente não-extremas e ao mesmo tempos extremas em tudo a cada tudo, entenderam? É basicamente como se elas se dedicassem a ser o que cada momento pede pra serem, ou extremamente felizes, ou tristes, ou carentes, ou sensatas, ou estudiosas, ou irônicas, ou sensíveis, ou prestativas, ou egoístas, etc. Dessa forma, cheguei a conclusão que extremos não são defeitos, mas 100% extremo para tudo de forma única e inexistente, pelo menos pra mim, então não confio. Prefiro quem vive extremamente coisas diferentes de formas diferentes sem nunca ser um extremo por inteiro. Fui entendida? Tudo bem, depois explico melhor.

Oito Mississipi: Ainda não cheguei a nenhuma conclusão concreta sobre o que realmente fiz de importante na minha vida, tenho vinte e um anos e ainda não marquei meu nome na história e nem fiz nada altamente significante. Sabe, vejo pessoas mudando pessoas, coisas, situações, histórias, o mundo, com o que elas conseguem fazer de melhor, com o que elas amam fazer.  Vocês já repararam como a música acalma? Como um bom livro te faz pensar? Como um bom filme te entusiasma? Como um pelo projeto empolga? Como uma bela fotográfica fala por sozinha? Repararam como tudo que é feito com o tal do “amor” realmente muda uma pessoa, coisa, situação, história, etc? Vocês já descobriram o que realmente amam fazer na vida? Eu ainda preciso pensar um pouco mais para formar minha sincera e completa opinião e conclusão sobre isso.

Nove Mississipi: Semana passada, mais ou menos quinta ou sexta, tava procurando meu seis de paus (sim, o mesmo do post anterior) e não o encontrei em lugar nenhum, então pensei que talvez ele tivesse partido da mesma forma misteriosa com que surgiu na minha vida: com o vento. Mentira, não pensei em nada tão poético e/ou filosófico. Enfim, o que importa é que hoje encontrei esta carta de baralho no chão do meu carro e não me pergunte como foi parar lá, porque eu simplesmente não faço ideia, apenas resolvi deixá-la lá, guardada, como um “anjo da guarda”. Pode ser uma superstição boba, mas já que ela não tá fazendo mal a ninguém e eu não consigo pensar em outro lugar melhor, preferi deixá-la lá, depois penso melhor onde guardá-la e/ou o que fazer com ela. Sendo que depois dela passei a repensar as coisas na minha vida. Lembrando que repensar, rever, reanalisar, essas coisas, não é exatamente o mesmo que refazer, revolucionar e/ou modificar, é apenas olhar novamente para algo e reafirmar ou não o que existe. Lembrando que esse é um conceito particular e ninguém é obrigado a segui-lo.

Dez Mississipi: Ainda tenho muito o que viver, acredito, então, quem sabe eu ainda faça algo que mude a história (eu não), ou já tenha feito algo que mude alguma história (talvez até a minha). Então pensarei melhor a respeito para depois voltar com uma resposta mais direta e conclusiva sobre o assunto. Por hora deixo em aberto qualquer questionamento sobre algum grande feito pessoal. Pensem a respeito sobre o assunto em relação a si próprios também, isso se quiserem e acharem que vale a pena.

Apenas como observação final, uma cena do filme de hoje que realmente achei brilhante foi quando ao ser questionado do porquê de não ter ido para o “lado errado”, o Big Mike para e responde mais ou menos assim(e quando digo isso tenham certeza que essas não são as mesmas palavras usadas, afinal não tenho uma memória muito fotográfica): “Quando minha mãe ia se drogar e fazer esse tipo de coisas feias, ela me mandava fechar os olhos, depois falava para abrir e o mundo todo seria belo e tudo ficaria bem…”

Então deixo um exercício para quem quiser: feche os olhos, conte dez Mississipi ou quantos achar necessários, respire fundo e ao abrir os olhos tente ver um mundo melhor, então tudo ficará bem. Isso não é uma certeza, mas sem dúvidas ajuda a relaxar e criar forças (por mínimas que sejam) para enfrentar seja lá o que for.

P.S.: Para quem não sabe ao se contar utilizando “Mississipi” como intervalo se chega o mais próximo da exatidão do espaço de tempo do segundo.

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Seis de Paus.

Hoje decidi cumprir três metas mínimas para transformar meu dia: comprar um livro novo que nunca tenha ouvido falar antes e que esteja esquecido na prateleira da livraria, correr até meus músculos começarem a tremer e tomar um simples banho de piscina como há muito não faço.

O livro escolhido foi escrito por um garoto da minha idade, nascido em Salvador e que aos 16 anos iniciou um curso de dramaturgia e escreveu peças e alguns romances. É certo que a história desse rapaz, contada com entusiasmo por sua ex-professora aparenta ser mais empolgante do que o livro em si (admito que ainda estou esperando uma reviravolta fantástica que me faça amar a leitura, pois por enquanto não houve nada que me surpreendesse de fato), mas de qualquer forma cumpri uma de minhas metas. Ainda faltavam duas…

Cheguei na academia, realizei o que minha ficha cotidiana mandava, liguei meu ipod no aleatório (adoro as surpresas que me aguardam quando faço isso) e comecei caminhando como de costume. Após os cinco primeiros minutos já tinha atingido meu ritmo normal e suportável de corrida, mais dez minutos e meu corpo/mente exigia uma explosão física tão grande que mal conseguia acompanhar o ritmo imposto por mim em contrapartida ao máximo que conseguia fazer com que a máquina me comandasse. Então meus músculos começaram a queimar, minhas pernas sumiram da minha percepção e minha mente ficou leve o suficiente para ignorar a dor física que me dominava.. estava livre de mim. Ao parar, minhas pernas tremiam, sentei por uns minutos e ri. Minha instrutora me chamou de louca e disse que isso não fazia parte do meu treinamento e eu apenas ria. Tive uma crise de risos porque estava tão cansada que não conseguia ao menos levantar…

Depois de alguns minutos de risos e broncas, reunir um pouco de força e voltei pra casa.

Enquanto andava pelo quarteirão e meio de distância da academia até este “Rio”, o vento trouxe até mim uma carta de baralho, tipo como acontece nos filmes, sabe? Tratava-se de um seis de paus. Parei, fiquei alguns longos segundos olhando para a carta e achei tão intrigante tal situação que resolvi trazê-la para casa.

Já no “Rio” ainda faltava meu banho de piscina, então me dirigi à área de lazer deste condomínio e mergulhei naquele pequeno projeto azul que chamam de piscina e fiquei submersa o tempo que meu fôlego permitiu. Quando eu nadava adorava fazer isso e há muito não fazia, já tinha esquecido do quando é relaxante.

Então, ainda não era o fim da tarde e minhas três felizes metas estavam cumpridas. E agora? Neste contexto voltei a analisar aquela cartinha com algumas marcas como se tivessem tentado furá-la, com aspecto meio velho e surjo de uma órfã abandonada e desgarrada de seu baralho e, que por algum motivo, agora estava comigo. Não sou a pessoa mais supersticiosa do mundo, mas acredito o suficiente para pensar que tudo na vida tem um porquê, não?

De acordo com o tarot e minhas breves pesquisas “googlerianas”, esta carta significa vitória em todos os sentidos sem importar os obstáculos (contratempos/conflitos) no meio do caminho e ainda uma espécie de lâmina de apreensões e temores de forma que é necessário analisar ou refazer alguns aspectos na vida. Em um dos sites visitados, é afirmado que se esta carta está posicionada perto da que te simboliza, então é sinal de vitória e proteção, mas se ela está longe, amado “désolé”, isso indica que energias negativas tentam influenciar sua vida. Por fim li a dica que, pra mim, foi a mais intrigante de todas as descobertas sobre esta carta: “Refaça antigos relacionamentos”.

Conclusão da história? Eu não entendi nada.. só sei que se esta carta significa alguma coisa e/ou quer de alguma forma me alertar sobre algo, como se fosse uma mensagem Divina sobre um grande acontecimento, ou sobre escolhas e pessoas. Entretanto é certo que realmente ainda não fui capaz de entender essa mensagem subliminar. Afinal, ainda não descobri o quão “longe” ou “perto” o seis de paus está da “minha carta” e nem que “antigos relacionamentos” devem ser refeito. Será que está se referindo a perdão? Reaproximação? Tomar cuidado com quem está próximo? Rever o conceito de amizade? Será que fala de relacionamentos amorosos? Ou será que das relações familiares? Será ainda mais abrangente, tipo rever todos os tipo e relacionamentos sociais existentes em toda minha história? Ainda não descobri.

Talvez esta carta não queira dizer nada, embora agora isso seja algo que eu prefira esperar que o acaso me explique, da mesma forma como ele me deu este enigma de presente.

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Feliz dia de hoje.

Já disse que quero aprender piano?? Hoje meu ipod me surpreendeu com uma música que continha um dos mais belos solos de piano que já ouvira antes e ele me deixou tão leve e tão feliz que até esqueci o que inicialmente iria escrever aqui.. Se não me engano, era algo envolvendo Kathry Bigelow e sua glória de grande vencedora do Oscar, acumulando um total de seis estatuetas Hollywoodianas, ou sobre Sandra Bullock que em uma noite leva o prêmio Framboesa de Ouro como pior atriz e no dia seguinte foi consagrada como melhor dentre as demais artistas (quase que como num “conto de fadas”). Ainda poderia falar sobre um dos filmes mais comentados e aclamados ultimamente: Preciosa, mas sobre este deixo (propositalmente) para falar depois, quando tiver assistido e me emocionado, afinal assim será mais fácil falar, quando compreender exatamente do que se trata com meus próprios e críticos olhos.

Enfim, hoje é Dia da Mulher e li em algum lugar que tudo começou com uma briga pela igualdade de direitos no trabalho e exatamente este dia marca um momento trágico em quem um grupo dessas revolucionárias mulheres é trancadas em uma fábrica para morrerem queimadas. Triste, não? Também achei, mas não sei até que ponto isso é verdade e tenho que admitir que senti uma preguiça tremenda de procurar a veracidade deste fato. Sem seguida li sobre como hoje em dias as mulheres não lutam tanto como antigamente e ao mesmo tempo, perto de onde estagio havia uma revolução feminista de luta por igualdade perante os homens. Foi tanta “luta e revolta” descrita, anunciada, proclamada e exigida por igualdade entre homens e mulheres que me senti sufocada e até culpada por não fazer parte desta constante briga. Por que lutar tanto por igualdade se somos tão diferentes? Vamos lutar por nossas diferenças é mais divertido, não??

Não, não estou me fazendo de idiota e desentendida, assim como não preciso de nenhum sermão moralista sobre como as mulheres lutaram por seus direitos, sobre sexo frágil, a opressão sofrida no passado, como nossas avó viveram uma época diferente e como devemos nossa atual liberdade às lutas de tempos atrás e, ainda, que deveríamos continuar lutado, etc.. ok? Já acabou?? Posso continuar?? Muito bem, cansei desse papo feminista, afinal não me considero uma radical nesse sentido, na verdade estou um tanto longe de me prender a ficar pensando em argumentações e teorias científicas para engajar e me encaixar na eterna guerra de sexos. Dá pra ficar sem isso por hoje? Obrigada.

Se for pra falar de uma mulher hoje escolho minha avó. Sim, a mais linda de todas. Uma mulher de 82 anos de idade com um sorriso encantador, uma sinceridade cortante, um carinho comovente, uma bondade absurda, uma coragem emocionante, uma história linda, um passado sofrido, uma doença impertinente, uma doçura única, um olhar expressivo, uma omissão proposital (beirando a mentira em proveito próprio) e um carisma emocionante. Essa senhorinha de menos de um metro e meio de altura, que me liga a qualquer hora para pedir qualquer coisa, que me surpreende com presentes mesmo quando não sou das melhores netas e que às vezes é até injusta, mas que em seguida compensa com toda a justiça do mundo, é uma das paixões da minha vida e acho que de toda a minha família.

Ela nunca conversou comigo sobre a luta e “submissão” de sua época por um ar feminista, na verdade ela sempre me falou de sua história como uma superação pessoal e acredito que a superação pessoal seria o equivalente a feminina, só que sem aquele clamor radical da maioria das feministas. Ela sempre me ensinou valores concretos, normalmente embasados em tudo que sua religião (Católica) ensina e ao mesmo tempo me cobrando por ser tão egoísta e distante da igreja, mas é meu jeito de ser e aos poucos ela tenta entender isso (ou não). Duas coisas que com certeza aprendi foram: acreditar em Deus mesmo quanto tudo dá errado (sendo que algumas vezes me pergunto o porquê) e simplesmente fazer o bem a alguém.

Algo engraçado em todas as nossas conversas e o tom de pânico com relação a minha solidão. Ela acredita que todos devem ter uma família grande para não se sentirem só e não envelhecerem assim, já eu acredito que não preciso de algo tão grande assim e que as pessoas que realmente necessito para o resto da vida vão surgir no momento certo. É assim que começa uma hilariante discussão sobre relacionamentos, casamento, filhos e família. Ela ainda não conseguiu entender que até esse exato momento sempre apreciei o “dom de ficar só” (ok, admito que cansei desse dom) e que existem certas coisas que levam tempo, pra ela tudo é bem mais prático do que na realidade é e, eu juro como queria ver o mundo dessa forma. Entretanto essa é uma lição que ainda não aprendi, mesmo tentando todo dia apreciar as coisas desse ponto de vista.

Essa pequena grande mulher é tão presente na minha vida de formas tão distintas que não consigo imaginar como será o dia que tiver que me despedir e, sinceramente, esse é um dos meus pontos mais fracos, pois não sei como fazê-lo seja com ela, seja com qualquer outra pessoa que ame tanto assim.

Depois de pianos, feministas revoltadas e vovó, termino este post do Dia Internacional da Mulher. Então, feliz dia à todas as mulheres (feministas ou não) e aos homens também, por completarem nossas vidas.

P.S.: Sempre que falo da vovó lembro de Roberto Carlos (porque ela ama de paixão) então, somei com meu encanto por piano e achei esse vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=h5gbc1X6GUI

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“Automorfose”.

É engraçado como existem coisas que acontecem rápido, pensamentos que te atingem e mudam teu pensamento bruscamente de forma a te tornar uma pessoa (por alguns segundos) incontrolável dentro de ti mesma e que, de certa forma, não tem nada a ver contigo. Ok, esse é o momento “rebelde sem causa” de falar.

Anteontem pensei em questão de segundos que a minha decisão de mudar de turma, turno e campus seria definitiva e não haveria nada nem ninguém que me fizesse mudar de ideia. Realmente, não houve nada nem ninguém que ao menos tentasse me fazer mudar de ideia, o que foi bom, assim não pensei muito antes de assinar o papel do protocolo me transferido para a amada 7din2. E, acredite, pensar muito antes de agir sempre foi meu fraco e sempre me prendeu ao chão de tal forma que me mantive segura de qualquer loucura tentadora ao pulo de um precipício. Enfim, agora estou em uma nova turma, com novo horário, novo ambiente e o que, de fato, deixou-me mais feliz: o ar de mudança.

Quando estava no colégio tinha pânico de mudança, sabe o que é isso?? Medo, tipo muito mesmo. Eu pirava só de pensar em algo diferente daquilo que pra mim era seguro, tinha medo de pessoas novas, lugares novos, decisões novas, enfim, qualquer coisa que modificasse por mínimo que fosse a certeza que eu sempre tive. Sim, sempre fui muito (in)segura em muitas coisas (obs.: muitas coisas não é o mesmo que tudo, nunca foi). Desta forma estava sempre no mesmo círculo de amizades e apegada a ele como o meu suporte, só que não era, pelo menos não o único. Então a fixa caiu e, eu, que sempre fugi de qualquer mudança me desprendo cada dia um pouco do que eu era antes e fico feliz com toda e qualquer modificação que me faça imaginar um amanhã completamente diferente do que o que eu imaginava ontem. Sou mais segura e confiante a cada mínima mudança de tudo. Entendeu mais ou menos o que eu quero dizer? Quero dizer que é legal sentir que podemos mudar algumas coisas, nem que seja uma parte (por mínima que seja) delas..

Hoje li uma das minhas colunas favoritas da internet e descobri que a jornalista está abandonando o editorial em busca de mudanças. Ao longo de seu texto ela descreve a importância das mudanças e cita a seguinte interpretação pessoal: “Tenho uma convicção comigo: temos uma vida só, mas dentro dessa, podemos viver muitas. E eu quero todas as minhas.”

Depois de ler essa afirmativa decidi que também quero todas as minhas vidas, todas as formas que posso assumir, todas as escolhas que posso fazer. Não, eu não vou largar meu curso, por uma mochila nas costas e sair pelo mundo conhecendo o máximo que conseguir e vivendo todas as vidas que puder viver, deixando este blog sempre atualizado de toda e qualquer mudança existente. Calma, ainda estou vivendo uma das minhas vidas, uma das minhas escolhas e quero levá-la até o fim. Quando será esse fim? Ainda não sei bem, estou naquele momento “quero esperar e viver cada dia de uma vez”, de tal forma que essa dita passagem se complete na tentativa de descobrir e alcançar um objetivo concreto para então, depois que chegar lá, aí sim pensar na próxima etapa.

Sendo assim, estou aprendendo a me semimutar. Afinal, admiro as pessoas camaleoas, que se modificam com o tempo, com o ambiente, com a situação. Não estou falando de pessoas fracas e sem personalidade, mas de pessoas mutantes que se adaptam e vivem cada vida que cada momento proporciona. Como saber o que cada momento proporciona?? Boa pergunta, eu também não tenho a mínima ideia e é aí que está a graça nas variadas morfoses das metas: a simples metamorfose que ela provoca, por mínimas que sejam.

E a partir dessa conclusão dos últimos dias que me observo sem grandes mudanças e ao mesmo tempo com meus pensamentos a mil, numa busca incessante por novas metas a serem alcançadas.. uma de cada vez, de pouquinho em pouquinho.

Acho que foi/é isso.

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Tava pensando: a verdade é igual um soco que deixa logo sua marca de dor, já a mentira é um paliativo que só retarda e aumenta a dor. Certo? É claro que falo de mentiras “remediativas” para dores graves e mortais e não meramente banais. Quanto as banais, essas são meras diversões e ironias do destino para todo bom sincero, não?? E eu não acredito na sinceridade absoluta, não acredito mesmo.. acredito que já mentiram pra mim sobre coisas cruéis e verdades absolutas, entretanto convivi com a desconfiança do que seria verdade ou mentira e adimito que às vezes preferi adotar a mentira como verdade, seja para satisfazer a curiosidade que habita meu corpo, seja por acreditar que a verdade realmente iria doer muito mais, afinal existem situações e situações, verdades e verdades, sendo reconfortante ser um “burro feliz” a um “esperto sofredor”.

O que vale mais: uma verdade ou uma pessoa? O que dói mais: uma mentira ou um rancor? O que te deixa feliz ou triste? O que te condena ou te enaltece? Já atiraste alguma pedra em alguém ou a guardaste no teu bolso por acreditar que ninguém é digno de julgar ninguém? Ah, por favor seja sincero ao responder essas perguntas, afinal as respostas estão na sua própria mente e ninguém irá ouvir seus pecados, poupe-se de sua “auto-hipocrisia”.

Falando em hipocrisia, nada me provoca maior constrangimento alheio do que a hipocrisia religiosa. Eu prefiro admitir que não vou a missa semanalmente e (normalmente) só vou por mero capricho alheio, que acho o sermão uma pregação contraditória e superficial e, ainda, que sou muito mais sincera quando rezo um humilde Pai Nosso antes de dormir (sim, ainda mantenho esse costume desde criança) do que quando “acompanho” uma missa inteira pensando no quando eu queria estar em outro lugar do que ser uma falsa religiosa. Prefiro pessoas boas a pessoas religiosas. Não to falando mal de quem é religioso, mas se és religioso praticante assíduo e se vangloria por isso, por favor, aja de acordo com aquilo que qualquer religião prega: coisas boas, sentimentos e atitudes boas.

Outro dia havia uma menina estendida no chão do estacionamento de um determinado supermercado desta cidade com a cabeça ferida e sangrando muito. A menina aparentava ter no máximo 15 anos e estava morrendo, sim, morrendo e adivinha?? Não havia ninguém disposto a ajudá-la, todos olhavam aquela pessoa jogada no chão, cheia de hematomas e sangue por todos os lados e apenas seguiam com suas vidas como se ali não houvesse uma pessoa, mas apenas uma “coisa”. Somente uma pessoa parou e se chocou com tal situação e ligou para a emergência pedindo ajuda. Essa pessoa não se importava se a menina era uma drogada, uma ladra ou se daqui há uns dias, quando estiver melhor viesse a assaltar e se drogar novamente. Tal pessoa apenas sentiu uma aflição absurda por ver aquela jovem tão jovem em um cenário tão triste e quis ajudar, se essa pessoa era religiosa ou não isso não importa. Nessa situação o que valeu foi a boa vontade e a preocupação existente entre desconhecidos e é nisso que consiste a crença em algo superior ao existente fisicamente, a boa vontade de olhar gratuitamente por quem talvez nem se lembre de ti no dia seguinte e/ou que venha, inclusive, a lhe fazer algum mal. Aí está a mágica do livre arbítrio e a mágica de poder decidir seus atos, sejam bons ou ruins. Às vezes prefiro o meu “não-praticantismo” religioso com um certo ar de preocupação e bondade humana do que ser uma “beata” hipócrita.

Quando me relataram o caso da menina do estacionamento fiquei realmente abalada com a grande mentira social dos que usam o nome de Deus pra tudo e nunca usam o que Ele ensina pra nada. Não sou perfeita, estou longe de ser e mais uma vez reafirmo que não condeno religiosos praticantes, ou melhor, não condeno ninguém (ou pelo menos não deveria), afinal quem sou eu pra julgar qualquer pessoa. Só espero, sinceramente espero que pares e penses: Qual a maior mentira na tua vida e por quê ela ainda permanece uma mentira? Se a resposta for satisfatória e sincera (afinal não precisas mentir para ti mesmo) então chegaste ao lado do jardim coberto de violetas para escolher a que simbolizará melhor o que estás sentindo/pensando, sejam as humildes amarelas, as modestas brancas ou as realistas azuis.

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